O casal vinha amadurecendo a ideia de apimentar a relação, não era de hoje rolava umas brincadeiras durante o sexo, inventavam personagens e situações. E foi vendo um episódio de Black Mirror que tiveram a ideia, levar pra fora das quatro paredes.
Nos dias seguintes aprimoraram a ideia, avaliaram os riscos e finalmente chegaram ao formato final, ela colocaria um vestidinho sexy, comprado especialmente para a ocasião, uma calcinha diminuta e, o toque final, a maquiagem exagerada.
Apesar das circunstâncias, tudo era bem simples, nos papéis de cliente e puta, os dois simulariam um encontro com direito a pagamento do preço de “tabela”.
Chegou no próprio carro, trocou mensagens com o marido que estava à postos em outro ponto de onde poderia observar tudo. A esquina deserta, pouca luz, algum movimento de carro, ela sai e fica à espera.
De dentro do carro, o marido de pau duro observa, queria prolongar o momento, na realidade, tinha algo em mente que não falara com a esposa, percebia no olhar dela o leve desespero pela situação.
Discretamente ela olha pro celular, mas antes que consiga começar a digitar, um carro para, ela se assusta, o vidro abaixa: “Oi…”
Ela gagueja, mas não podia sair da personagem: “Oi…”
_Faz completa?
Ela balança a cabeça afirmativamente, se aproxima do carro olhando discretamente pra tela do celular, esperava pelo “salvador”.
_Qto?
Ela engole em seco, improvisa: “500”.
Enquanto isto, o marido já estava com o pau na mão, vendo a esposa apoiada no carro, a bela bunda em destaque. Manda uma mensagem: “Aceite…”
Ela sente a vibração, lê sem acreditar, olha na direção do marido. O primeiro instante é de raiva, queria acabar com aquilo tudo, mas… Seu corpo dava outra resposta.
_Metade adiantado…
O homem sorri, o marido percebe quando ela recebe o dinheiro e guarda na bolsa, era inacreditável que o planejado, por ele, correria tão bem. Conhecia a esposa, mas temia que o medo falasse mais alto. Apesar disto, por um instante, foi ele que sentiu medo, se ela entrasse no carro, e entraria, o que viria estaria completamente fora de controle.
Ela lança um olhar pra ele, sorri e entra no carro. Foram pro mesmo hotel que o casal havia planejado, ela estava inquieta, ofegante, mas cada vez mais dentro da personagem, pousa a mão no pau tele, aperta, sente o volume, faz um comentário obsceno.
O marido seguia pouco atrás, pra qualquer eventualidade, mas não pretendia intervir.
O cliente pede a melhor suíte, não demora ela se vê diante do imenso espelho que tomava uma das paredes, a puta. O homem a despe, sussurra coisa no ouvido dela, apalpa a bunda, suga os seios…
Era a vez dela desembalar o “presente”, deixa o homem nu. E ali mesmo, colados na parede, rola a primeira foda.
Forte, intensa. Variando posições, ela se deixa possuir, possui. A aliança ficara no porta luvas, ali ela era simplesmente a puta, paga pra dar prazer.
O homem goza, ela goza. Mas puta não goza? Ela sorri ao sentir os efeitos do gozo no corpo. O sexo em casa era bom, nunca teve motivos pra reclamar, mas…
Dividem a banheira, trocam carícias, sentada na borda ela é chupada, goza de novo.
A noite avança, o fim do programa se aproxima, ela sabia o que viria, e quem se importa? Ela queria…
Fica de quatro na cama, olha por cima do ombro convidativa, ele se aproxima, mete no cu, ela geme alto, rebola sentindo o caralho entrar todo, de tão excitada, o próprio corpo se encarregou de lubrificar o caminho.
Ela afunda a cabeça no travesseiro, cheia de pensamentos e sensações, pela primeira vez sendo de outro homem que não o marido, único de uma vida que começou cedo. Enrabada com gosto, se sentindo plena, a bela mulher saindo do cenário de fantasias pro mundo real.
Gozam…
Fim de programa, banho tomado, ela recebe o restante do dinheiro. Olha pra ele, olha pro maço na palma da mão, sorriu. Não havia mais duvida, uma putinha.
Encontrou o marido pouco tempo depois, deixou ele no vácuo, cheio de perguntas e curiosidades, só queria curtir o momento e, mais tarde, convencer o marido a ser seu cafetão.